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Renato Russo a escreveu logo após cortar seus pulsos, numa tentativa desesperada de fuga de um mundo tão complicado.
O nome já carrega uma significação ampla; “índios” está escrito entre aspas. A música até permite uma análise interpretativa referenciando os índios colonizados pelos portugueses, porém, os “índios” objetos das riquezas versais são outros.
O autor a considerava como a música mais difícil de todas. Ele esquecia sempre a letra, julgava que a banda nunca sabia tocá-la, porém, dizia tratar-se de uma música especial.
Sobre Deus, temos:
“Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste”.
Alguns competentes analistas relatam que Renato Russo, nessa parte, fez a polêmica que ele sempre tanto amou.
Religião e catequização dos índios que, até então, acreditavam que trovões, chuvas e crescimento de árvores e fartura nos rios, eram frutos de deuses naturais.
Como uma pessoa, que acreditava que Deus era árvore, rio, pedra, pode começar a crer em um Deus que é ao mesmo tempo "um e três", e que esse mesmo Deus foi morto por eles?
Para estes estudiosos, Renato Russo mostra que o Deus que eles pregaram e continuaram pregando é o mesmo Deus que ficou triste pela maldade deles, de cortar a inocência de seres que nada tinham culpa e que simplesmente viviam de seu modo próprio.
Considerando que o próprio letrista sempre intentou que as suas canções tivessem mais de um significado, cabe perguntar:
Ao falar de um Deus que foi morto, qual é a perspectiva da fala?
1. a ignorância primitiva sobre a Deidade;
2. a morte de Jesus Cristo na cruz, evidenciando a encarnação e morte em prol da humanidade;
3. o conceito filosófico de Friedrich Nietzsche sobre a morte de Deus e que o único cristão morreu na cruz?
Seja qual for a perspectiva a ser abordada, “Índios” é uma música que exemplifica a capacidade intelectual e produtiva do cancioneiro nacional de outrora, bem diferente dos “sucessos” de hoje.
Que possamos contribuir para a mudança desse mundo, a começar por nós mesmos.
“Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente”.Graça e Paz,
Wilton Chini.
Saiba mais sobre esta escatologia otimista, acesse todo o conteúdo do site www.revistacrista.org
A Música "Índios" do Legião Urbana
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Por Wilton Chini